Na Bíblia aparecem mães de todos os tipos, estilos e índoles. Podemos extrair boas lições das suas más ou boas atitudes. Através desses modelos positivos e até mesmo dos negativos de mães, Deus deseja nos ensinar a melhor forma de amar e cuidar dos filhos. Ele próprio, sendo o autor da criação e Pai de toda a vida é o melhor modelo de amor e dedicação para os seus filhos.
A maternidade é um tema importante, que gera muitas discussões na sociedade, como a questão do aborto por exemplo. Contudo, sempre encontramos na Bíblia as respostas de Deus para as muitas dúvidas que a vida nos coloca. Em relação à maternidade não é diferente: Deus deseja orientar e auxiliar as mamães em suas crises diárias, em seus questionamentos e hesitações para que possam vencer as suas dificuldades pela fé em Jesus Cristo.
Seja qual for o tipo de mãe, de muitos ou poucos filhos, de filho único, de filho adotivo, de primeira viagem, ou de coração, todas precisam aprender com Deus como ser mães melhores, Isaías 49:15.
Eva: Mãe de Primeira viagem
Segundo o relato de Gênesis, Eva foi a primeira mãe da história, a mãe de todos os seres humanos, Gênesis 3:20. Como mãe, provavelmente Eva deve ter se atrapalhado, um pouco, ao ter que cuidar dos seus filhos pequenos. Diferente de nós, ela não teve uma mãe que lhe ajudasse, ensinando o que fazer. Não deve ter sido fácil para ela, mas certamente, pôde contar com a ajuda e orientação de Deus, o Autor de toda a vida, para ser uma boa mãe.
Aprendemos com Eva
Que nenhuma mulher nasce sabendo como ser mãe, é algo que vai se aprendendo com o tempo e com a experiência. Mesmo se sentindo sozinha, com pouca ou nenhuma ajuda, lembre-se que Deus está sempre disposto e disponível para lhe auxiliar nesta empreitada. O Senhor espera que você cresça com a experiência de ser mãe, errando, acertando, se dedicando, sobretudo amando. Abrace, como Eva, o desafio de ser mãe e busque sempre a orientação do Pai da vida.
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Sara: A mãe impaciente que aprendeu a ter fé
Sara foi mãe em fase muito avançada da vida, aos 90 anos de idade. Foi uma mulher que superou suas adversidades, confiando que Deus era fiel às suas promessas. Embora fosse estéril, creu que Deus poderia fazer dela mãe de nações.
Contudo, as mães na Bíblia também não são perfeitas. Lemos que num dado momento de sua vida, Sara ficou muito ansiosa e tomou uma atitude precipitada, recorrendo à sua serva Hagar para ter filhos através dela. Na cultura daquele tempo, a esterilidade feminina era considerada uma grande desgraça para a família. Assim, vendo que os anos passavam e as chances de poder gerar um filho se definhavam, Sara tentou dar um “jeitinho” na situação.
No entanto, apesar desse deslize, Sara creu que o soberano Deus tem poder para fazer grandes milagres. Deus prometeu e cumpriu… Finalmente, depois da amarga experiência, Sara reconheceu que somente o Senhor poderia conceder-lhe a felicidade de gerar um filho naquela idade, Gênesis 21:6-7.
Aprendemos com Sara
Com a história de Sara aprendemos que a ansiedade na espera pelo filho pode acarretar graves consequências. Sara tomou uma decisão por conta própria e quase pôs fim à sua paz e de sua família. Outras opções são lícitas, somente se Deus orientar fazê-las. O Senhor não precisa da nossa “ajudinha” para cumprir os seus propósitos.
Certamente, a ansiedade de Sara perdeu lugar para a fé que começava a se fortalecer no Senhor. Juntamente com o seu marido Abraão, Sara, em esperança, creu contra a esperança, Romanos 4:16-18 e pôde receber alegremente, na sua velhice, o filho prometido. Tal como Sara, nós também temos hoje a oportunidade de confiar em Deus, no seu poder e suficiência. O Senhor está no controle da vida de seus filhos e cumpre Seus propósitos de acordo com a Sua boa vontade. Sujeite-se a Ele, pela fé.
Hagar: A orgulhosa mãe esquecida
A maternidade pode trazer alguma alteração no humor por causa das oscilações hormonais. Mas cuide-se para não se tornar arrogante e esquecida como Hagar…
A história desta mãe passa-se no contexto familiar de Sara e Abraão. Hagar era uma estrangeira egípcia e servia a família. Em relação à maternidade, teve duas atitudes negativas: foi orgulhosa e incrédula. Primeiro, sendo uma simples escrava, por determinação da sua senhora, iria servir como uma “barriga de aluguel” para o casal impossibilitado de ter filhos. Contudo, quando Hagar percebeu que tinha engravidado, viu aí uma grande vantagem. Sentiu-se superior à sua senhora e passou a ofender e menosprezar Sara que era estéril, Gênesis 16:4.
O segundo erro de Hagar foi se esquecer da promessa recebida pelo Anjo do Senhor, junto a uma fonte no deserto, sobre o futuro de seu filho Ismael, Gênesis 16:10-12. Ela não confiou nesta promessa de Deus e quando lhes sobreveio uma grande aflição caiu em desespero. Ambos vagueavam pelo deserto de Berseba e faltou água. A mãe desmemoriada se angustiou pensando que seu menino morreria de sede. Deus interveio, mais uma vez, mostrando à Hagar um poço de água, trazendo-lhe à memória o que já lhe havia sido prometido, Gênesis 21:15-19.
Aprendemos com Hagar
Que a arrogância de Hagar por ser mãe não lhe trouxe nenhum benefício, pelo contrário, foi ainda mais humilhante quando foi despedida por Sara. Igualmente, a altivez e o orgulho demasiado pela maternidade, pelos filhos, seus talentos etc., só irão gerar confusão e inimizades. Não se sinta convencida e presunçosa por algo que recebeu pela graça de Deus. A Bíblia diz que os filhos são herança do Senhor, Salmos 127:3 e quem se exalta será humilhado, Mateus 23:12.
Infelizmente, como Hagar, temos a triste tendência de duvidar nos momentos de aflição. Precisamos nos esforçar para lembrar daquilo que Deus fez e prometeu em Sua Palavra, Lamentações 3:21-25 e ter bom ânimo, porque Cristo venceu e com Ele nós também venceremos. Porque Ele é fiel! Prometeu estar presente, Mateus 28:20 e suprir as nossas necessidades em Jesus, Filipenses 4:19.
Continua em “Mães na Bíblia Parte2”